sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Só dicas boas demais!!!

Quitutes e quitandas

Ingredientes, receitas e curiosidades

Guta Chaves é jornalista e escritora na área de gastronomia. É co-autora dos livros Larousse da Cozinha Brasileira e Gastronomia no Brasil e no Mundo, da editora SENAC

Segredinhos do peixe frito

Aprenda truques para deixar o quitute crocante por fora e úmido no interior. E mais: receitas de dar água na boca

04/11/2011 09:00
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Foto: Divulgação
Sardinha empanada com legumes: aprenda a receita e acerto o ponto da fritura
Em minha viagem recente a Manaus, conheci algumas peixarias tradicionais. Entre as que eu mais gostei está o Restaurante da Bia, que tem vista para o Rio Negro. O local é simples, mas um primor de limpeza e capricho. Na cozinha, encontrei panelas floridinhas e tachos borbulhando de peixes, que logo chegariam crocantes à mesa.
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É hábito manauara comer peixe de rio frito. O grande facilitador é que existem diversas espécies com tamanho adequado para consumo individual, como jaraqui, sardinha (a branca, a papuda ou a amarela), pacu prata. Cada um com sua riqueza particular de sabor.
Foto: Dulla Ampliar
Iscas de peixe: crocantes e hidratadas
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Cortados em postas, os peixes grandes, como tucunaré e pirarucu, preparados no tacho, também são muito apreciados. Assim como as costelas de tambaqui, que, apesar do sabor delicado e único, pode ser substituído por badejo. “Não é à toa que há um dito popular manauense que diz: ‘em bolsa de mulher só não tem peixe frito’”, diz o chef e guia de turismo Fábio Silva, meu cicerone na cidade.
Outra espécie muito abundante na região é o jaraqui, encontrado nos rios amazônicos. Seu sabor é tão especial, é tão desejado, que há até um ditado manauense em sua homenagem: "quem come jaraqui não sai mais daqui". Normalmente, é servido com um molho de pimenta murupi no caldo de tucupi (caldo da mandioca brava). Segundo Fábio, pode ser substituído por sardinha, mesmo a do mar, ou por outro peixe de água doce.
Foto: Luna Garcia/Estúdio Gastronômico Ampliar
Peixe frito do Restaurante da Bia
Segredinhos do peixe frito
Fábio Silva me ensinou alguns macetes para o peixe ficar crocante por fora e cozido por dentro. No ponto certo, à moda do Restaurante da Bia.

- Para temperar, basta esfregar sal no peixe. Há quem use limão e alho, mas tem que ser em pequenas quantidades e bem no momento de fritar. Caso contrário, a carne irá cozinhar.
- Dê preferência a peixes frescos, que devem receber uma série de ticadas (cortes transversais por toda a sua lateral), para que durante a fritura as espinhas se desprendam. As menores ficarão comestíveis e suercrocantes.
- Em um restaurante tradicional de peixe frito, eles são preparados em tachos de tamanho médio com óleo de soja não excessivamente quente.
- O peixe deve ser virado só uma vez, quando as bordas estiverem bem douradas.
- Há quem prefira dar uma leve empanada no trigo, para que ele crie uma casquinha irresistível quando o ponto da fritura estiver em tom caramelo. Esse processo também é indicado para os peixes mais gordos como o pacu, pois evita que liberem gordura excessiva durante o preparo.

A jornalista viajou para a Amazônia para a produção do livro Brasil, Histórias de Sabores, da editora Bellini Cultural

Receitas de pescados sequinhos e crocantes:

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